quinta-feira, 16 de maio de 2013

de volta à realidade

são algumas conversas, pormenores que reparo, são pequeninas discussões (sim, nós discutimos, entramos em desacordo muitas vezes, somos muito diferentes) que me fazem "acordar". que me fazem pensar que por estar em casa, por me sentir feliz agora, por me sentir confortável e proporcionar mais conforto à minha família tenho que ter objetivos definidos.

quando numa conversa banal eu utilizo o nós fizémos para me referir ao que andamos a fazer no quintal e brincam comigo "nós??!!" de facto não fui eu que fiz os canteiros, não fui eu que fiz os buracos, que fiz o cimento, que fui comprar a tela, o tubo para a rega, não fui eu... eu fiz o almoço, o jantar, separei roupa, estendi-a, engomei-a, limpei a casa, levei o miúdo toda uma tarde de sábado ao xadrez, enquanto o V se dedicou à remodelação que queremos fazer no quintal. não levo a mal, mas custa-me um bocadinho ouvir estas frases feitas, estas noções... a obra dele é mais vistosa que a minha, já percebi.

mas o que me custa mais é dar-me conta que me acomodo. que ponho de lado o meu sonho. que um dia tenho tudo definido, estou pronta a avançar e um momento maravilhoso em família, faz-me derreter, esqueço-me de mim e fico-me, nesta rotina... eu tenho a casa para tratar, tenho muito que fazer, mas distraio-me muito também. a casa e a vida familiar não servem de desculpa. a culpa é minha que tenho que ser mais disciplinada (sempre a mesma tecla). uma coisa eu tenho boa, assumo a culpa destas minhas frustrações, não ando por aí a espalhar veneno, a culpar os outros e falha-me a paciência para gente negativa e lamurienta.

e depois acordo! e mesmo sem gostar muito de listas vou mesmo arranjar uma agenda e anotar os meus objetivos para cada dia. não mudamos as coisas de um dia para o outro, mas com empenho e trabalho diário podemos fazer acontecer.

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